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... com sons e imagens... mas também silêncios, se fará esta conversa ... sempre ao sabor das palavras ...
Mainz (Mogúncia, em português), cidade alemã, capital da Renânia-Palatinado, é a antiga Moguntiacum, cidade nascida a partir de um acampamento militar romano – Castrum Moguntiacum, que ali se implantou em 39 a.C.
Situa-se na margem esquerda do rio Reno, na confluência com o rio Meno.
Aliás, a presença romana ainda está muito presente na cidade e um dos seus principais museus é o Museu Romano-Germânico.
O grande Reno, por onde circulam grandes barcos de mercadorias, é também a via privilegiada para, em cruzeiros regulares, a partir de Mainz, percorrer a região vinhateira que se debruça sobre o rio e cujos montes são coroados por castelos e cidades medievais.
Quando recordo Mainz há imagens de duas cidades que se sobrepõem na minha memória.
Tenho dela duas visões diferentes, formadas nas minhas duas estadas na cidade e alicerçadas na minha memória geográfica.
O que é que eu quero dizer com isto?
Da primeira vez que estive nesta cidade, eu entrava nela, vinda do Campus universitário, situado a oeste e tinha que atravessar toda a cidade para chegar à sua parte antiga e ao rio.
Da última vez que ali estive, fiquei mesmo no coração da cidade antiga, a poucos metros da catedral.
E é espantoso como a implantação no terreno pode mudar a perspectiva de um lugar. Vivida dali, a cidade parecia diferente.
A última vez que estive em Mainz, era Outubro e começava a fazer frio.
Deixara Lisboa com os seus 30 e muitos graus e lá, de manhã, as temperaturas estavam apenas pouco acima dos 2 ou 3 graus.
Já sabia bem meter o nariz no lenço enrolado ao pescoço, enfiar um gorro na cabeça e calçar meias quentinhas por dentro das botas.
Depois, a pouco e pouco, o tempo aquecia, mas chovia, de vez em quando.
Quando saía, a rua em frente da minha porta, levava-me directamente à catedral.
Aliás, eu dormia sob a sua sombra tutelar.
A azáfama da cidade começa cedo, em volta desta enorme catedral românico-gótica, porque ali se continua a fazer o mercado diário.
A grande Marktplatz fica repleta de cor e de movimento.
De facto, a catedral da invocação de São Martinho, iniciada no século XI, mas com acrescentos mais tardios, construída em pedra vermelha, é o coração da cidade.
Interior da catedral
(Foto do Turismo de Mainz)
Em torno dela cresceram as ruas e as ruelas da cidade antiga, como a Augustinerstraße (rua dos Agostinhos), antiga rua de comércio e para onde abre a Kirschgarten (Jardim das Cerejas), pequena praça com as suas casas antigas de madeiramento à vista.
Percorrendo devagar essas ruas antigas, surgem, espreitando por entre os edifícios, as torres das muitas igrejas da cidade...
Mas, isso fica para um segundo passeio pela cidade.
J. S. Bach, tocata e Fuga em Ré Menor |
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