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... com sons e imagens... mas também silêncios, se fará esta conversa ... sempre ao sabor das palavras ...

O jacaré-de-papo-amarelo, cujo nome científico é Caiman latirostis, é uma espécie típica das florestas tropicais da América do Sul, onde habita os rios e os manguezais.

Manguezal é uma zona húmida, de transição entre os ambientes terrestre e marinho, característico de regiões tropicais e subtropicais, sujeito ao regime das marés e cujas arvóres e outras espécies arbustivas são resistentes ao sal.

O solo  do manguezal é húmido, salgado, lodoso, pobre em oxigénio, mas muito rico em nutrientes, servindo de habitat a diversas espécies de animais, nomeadamente os caranguejos.

 

Os jacarés-de papo-amarelo são uma das espécies existentes nos manguezais da Ilha de Santa Catarina, localizada na costa sul do Brasil.

Todavia, o crescimento urbano roubou (e continua roubando) aos manguezais, largas faixas de terreno e, portanto, os jacarés vêem sistematicamente destruído e ocupado parte do seu habitat natural, colocando em risco a própria sobrevivência da espécie.

 

Poder-se-ia, por isso, imaginar que não seria fácil ver esses animais a não ser em cativeiro, como é o caso do belo exemplar que vive no lago do Parque Ecológico do Córrego Grande, em Florianópolis.

 

 

Até aqui, nada de extraordinário.

Contudo, eles podem também ser vistos em liberdade na própria cidade: há pelo menos dois indivíduos mais jovens que, de vez em quando, abandonam o mangue e vêm até à cidade.

Esses dois outros jacarés (há dias em que aparece apenas um deles) aparecem, nos dias em que não chove, para tomar banhos de sol, num canal por onde corre um ribeiro pouco profundo que passa, a céu aberto, em plena zona urbana, junto ao Shopping Iguatemi, construído sobre uma faixa do manguezal do Itacorubi.

Shopping Iguatemi, Florianópolis

Às vezes, é difícil perceber que eles lá estão porque se confundem com o fundo lodoso. 

 

 

 

Indiferentes ao tráfego e às pessoas que passam, e que ficam abismadas com tão insólito espectáculo, ali estão eles, ao sol, descansando sobre o lodo, como que a reivindicar um espaço que já foi seu.

 

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