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... com sons e imagens... mas também silêncios, se fará esta conversa ... sempre ao sabor das palavras ...

Penso isto há muito tempo, mas agora que tenho viajado muito de avião (e vou continuar a viajar), não só em voos de longo curso mas ainda em muitos voos com conexões internas, tenho sido confrontada com dezenas de ordens das tripulações de bordo sobre a necessidade de desligar todos os aparelhos electrónicos, sobretudo durante as descolagens e as aterragens.

 

 

Cada vez mais, também, há um maior desrespeito por essas indicações.

A maior parte dos passageiros a bordo não desliga NUNCA os aparelhos!

Limita-se a deixar que o ecrã escureça para que a tripulação não perceba que continua ligado.

E, se não há um comissário por perto, mesmo durante as descolagens e as aterragens todos continuam a usar os aparelhos, às vezes, mais do que um!

A desobediência está a instituir-se como norma.

 

E não são só os adolescentes tecnodependentes, não!

É ver executivos engravatados, pais de família com ar sério e responsável, mães entediadas, jovens, e até mesmo senhores de idade respeitável, num processo psicológico de regressão à infância e à adolescência, como que escondendo da professora ou dos pais o que constitui objecto de proibição.

De repente, toda a gente passou a achar que se se desconectar, deixa de ter existência real.

Quem, como eu, desliga mesmo os aparelhos sente-se quase como um bota-de-elástico por ser dos poucos a cumprir as regras (...e eu adoro o meu smartphone e tudo o que posso fazer com ele!)

 

Deixar à consciência de cada um o uso adequado dos aparelhos não resolve, até porque consciência é um bem cada vez mais raro.

 

Aí, fico sempre na dúvida sobre o que seria correcto fazer da minha parte: devo ou não pedir aos parceiros de viagem que obedeçam às regras porque estão a pôr em causa a minha própria segurança e a de todos os outros passageiros?

Nunca o fiz, porém.

 

 

Então, das duas uma: ou o uso dos tais aparelhos põe, de facto, em perigo toda a gente pela interferência com os aparelhos a bordo ou não.

 

Se sim, as companhias devem não só redobrar a vigilância a bordo, mas também investir em equipamentos que bloqueiem a frequência em que os aparelhómetros particulares operam ou devem equipar as aeronaves com aparelhos que, registando uso indevido a bordo, permitam saber quem está a usá-los.

 

Se, porém, o seu uso, afinal, não é tão perigoso assim, deixem de nos bombardear com aquele discurso sobre o perigo para a segurança da aeronave.

Assim, toda a gente, alegremente, passará o tempo a olhar para os aparelhinhos que parecem ter-se tornado imprescindíveis à vida da maior parte das pessoas.

 

Leia aqui algumas opiniões sobre a questão.

 

 

 

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