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... com sons e imagens... mas também silêncios, se fará esta conversa ... sempre ao sabor das palavras ...
Hoje, passeio de novo pelas ruas de Castelo Rodrigo, terra de mouros e cristãos, de Leão e de Portugal e cenário de contendas da Guerra da Restauração.
Lembro-me da surpresa que foi, encontrar à direita da estrada 221, uma povoação pequenina, envolvida em muralhas, que quase parecia um brinquedo.
Inicialmente com treze torreões, hoje restam apenas alguns.
Depois de rodear parcialmente a muralha, entrei pela Porta Nascente, por uma rua ...
...que nos leva à Torre do Relógio e ao que resta do Paço do Marquês de Castelo Rodrigo.
Mais adiante, o pelourinho e a Igreja Matriz de Nossa Senhora de Rocamador, românica, fundada no século XIII com o intuito de apoiar os romeiros que se dirigiam a Santiago de Compostela...
Depois... é deixarmo-nos ir, de surpresa em surpresa, descobrindo aqui a cisterna medieval, ali uma janela manuelina, ali a paisagem que espreita entre as construções.
O melhor de tudo é andar pelas ruas de traça medieval, olhando as casas, perdendo-nos nas esquinas, subindo escadas e ladeiras, para depois chegarmos à conclusão que já ali passáramos, mas que é bom passar de novo, uma e outra vez.
O meu roteiro de viagens não é propriamente um roteiro turístico. É um roteiro interior.
Não constitui um guia com dicas sobre o mais belo monumento ou sobre o melhor restaurante das cidades de que falo ou dos países por onde andei.
É apenas a minha sensibilidade aos lugares e às coisas.
Nos posts anteriores lembrei lugares de que gostei.
Hoje recordo uma cidade de que não gostei ou de que gostei pouco: Buenos Aires.
Acho que este meu não-gosto pela cidade não é partilhado por muita gente.
Há quem ache Buenos Aires a verdadeira Paris da América Latina.
Eu achei-a decadente e extremamente suja na zona pedonal onde se vende tudo, mas, sobretudo, peles.
O meu hotel estava bem situado. Era um hotel antigo na Avenida 9 de Julho que, segundo os entendidos, é a mais larga do mundo.
Avenida 9 de Julho com o famoso obelisco
Na degradada zona pedonal, o edifício mais interessante são as Galerias Pacífico com a sua cúpula coberta de frescos.
Não gostei particularmente de La Bocca ou de Il Caminito.
Adorei a Flor Inteligente, da autoria do arquitecto argentino Eduardo Catalano, enorme flor mecânica que reage à luz do Sol e se mantém aberta de dia e fecha à noite. Está colocada na Plaza de las Naciones Unidas do bairro de Palermo.
Gostei também de Purto Madera, com os seus restaurantes à beira-rio (mais ou menos como as nossas Docas).
Puerto Madero
Depois, os argentinos não primam pela simpatia, sobretudo nos serviços públicos, e parecem estar a fazer um enorme favor pelo simples facto de nos venderem um bilhete ou nos informarem sobre a hora de saída de um ferry.
Sim, ferry... para um lugar que relembrarei num outro dia.
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