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... com sons e imagens... mas também silêncios, se fará esta conversa ... sempre ao sabor das palavras ...
A meio da tarde, começou a azáfama do embarque no paquete, a acomodação na cabine e, finalmente, a partida do cais. Devagarinho, a enorme fortaleza flutuante deslizou, deixou para trás Copenhaga e fez-se ao largo.
Durante muito tempo, enquanto houve luz, permaneci no deck superior, olhando as casinhas coloridas das margens, tirando fotos e mais fotos para recordar aquele deslizar vagaroso e sem balanços.
Hoje, o que me resta, é o que ficou nos meus olhos, porque a minha adorada câmara analógica não passou nem um milímetro de filme!
Quando anoiteceu, foi a descoberta do interior daquela fabulosa cidade flutuante: corredores e escadarias, restaurantes, lojas, bares e cinema, piscina, tudo ali cabia, naquele barco gigante de vários andares. Jantar buffet, última bebida num dos bares e regresso à cabine para o resto das cerca de 17 horas de navegação até Oslo.
Ao amanhecer, pequeno-almoço e desembarque por volta das 9 h na capital da Noruega.
Oslo não me conquistou. Não sei porquê, mas há cidades que cativam só de olhar, outras nem tanto.
Recordo o edifício da Câmara da cidade de tijolos escuros...
... que também revestem o edifício da Universidade
O palácio real, de tons claros e no meio de um parque pareceu-me bem mais agradável
O extenso Frognerparken, famoso parque urbano, também chamado Parque Vigeland, povoado de inúmeras esculturas de granito e bronze da autoria do escultor norueguês Gustav Vigeland, apesar de agradável, não me tocou particularmente.
Gostei bem mais do Museu dos Barcos Vikings, claro e espaçoso.
Gostei bastante da visita à estância de Holmenkollen com a sua enorme pista de saltos e da deslumbrante vista, lá de cima.
Mas, o que realmente me encantou, foi a guia local: uma senhora de mais de 60 anos, pequenina, magrinha, com a pele do rosto sulcada por um emaranhado de pequenas rugazinhas, cabelo quase branco de tão loiro, olhos de um azul cristalino, que falava de modo entusiasta da sua cidade e que irradiava luz!
Sim, essa foi a sensação que tive em toda a Escandinávia: aquelas pessoas parecem irradiar luz! Parece que retiram luz ao Sol, nas poucas horas em que podem desfrutar dele, a armazenam dentro de si e depois a espalham por onde passam.
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