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... com sons e imagens... mas também silêncios, se fará esta conversa ... sempre ao sabor das palavras ...

No post sobre Buenos Aires falei dos ferries e prometi falar de um outro lugar que me traz muito boas lembranças.

De facto, é possível fazer a travessia de barco (ferries ou não) entre Buenos Aires e o Uruguai, do outro lado do Rio de la Plata.

Os barcos têm ligações para Montevideu ou para Sacramento.

Foi esta a opção escolhida.

 

Ali o rio de la Plata tem uma largura imensa, mais parecendo um mar do que um rio.

Atinge no seu estuário mais de 200 km de largura.

A travessia num buque rápido durou 1 hora de navegação, acrescida de todos os procedimentos de saída e entrada em país estrangeiro.

Em 1ª classe, como foi o caso, dá direito a poltrona e champanhe.

Mas, tudo isto, é o que menos importa.

 

A visita de Sacramento foi das experiências mais comovedoras que já tive.

Sentir tão fortemente a presença portuguesa tão longe (apesar de já ter tido a experiência do Brasil) foi inesperado.

 

Colónia fundada por Portugal, em 1680, foi objecto de disputa entre Portugal e Espanha até ao século XIX.

Toda a implantação no terreno e a concepção urbanística é nitidamente portuguesa: assente numa colina, as  ruas descem em declive suave e são calcetadas à portuguesa.

Rua e edifícios tipicamente portugueses

 

O forte ostenta as armas de Portugal e a igreja e outros edifícios são também portugueses.

 

 

 

 

 Igreja do Santíssimo Sacramento

 

Mas, mais do que os vestígios materiais de Portugal, o que me comoveu profundamente foi o amor das pessoas pelo que é português: mantêm com o maior carinho um Museu Português, onde grande parte das peças são apenas cópias de documentos ou de peças portuguesas, sem qualquer valor material, mas que é vigiado pelos funcionários com tal cuidado, que mais parece que guarda um tesouro, e dentro do qual não é permitido tirar fotografias, por motivos de segurança!

Apenas consegui fotografar uma parede, de fora para dentro.

 

Há casas portuguesas conservadas, entre as quais o Museu dos Azulejos, onde há poucos azulejos portugueses, mas onde a funcionária pareceu ter presenciado um milagre quando nos ouviu falar o português "de Portugal".

Conhecia melhor a história e a cultura portuguesas melhor do que alguns portugueses.  

Museu do Azulejo (em casa portuguesa restaurada)

 

Acho que mais do que nas pedras, encontrei ali Portugal no coração das pessoas. 

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