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... com sons e imagens... mas também silêncios, se fará esta conversa ... sempre ao sabor das palavras ...

25
Fev15

Ah, o trabalho! Por causa dele não escrevo aqui há imenso tempo!

Mas, hoje, apeteceu-me. Lembrei-me de um recanto de Portugal que me surpreendeu.

Acho que já confessei aqui o quanto eu gosto de castelos.

Numa dessas minhas peregrinações em busca de castelos ainda não visitados, resolvi ir à Lousã. Sabia que tinha um castelo, mas nunca o tinha visitado.

Sabia que era um castelo medieval, provavelmente do século XI, ligado à Reconquista portuguesa, e que passara de mãos muçulmanas para cristãs e vice-versa. Servia para defender a fronteira, quando esta se consolidou na linha das serras da Estrela e da Lousã.

E, lá fui, seguindo as placas que indicavam o caminho, em direcção ao cimo do monte. O desejo era tanto de descortiná-lo ao longe que, de dentro do carro, os meus olhos varriam o horizonte tentando descobri-lo por entre as árvores. Mas, nada! Nem rastos de castelo!

Pensei que me tinha enganado no caminho ou que nada já restasse dele. Depois de tanto subir, era impossível não ter aparecido ainda!

Então, depois de uma curva, no meio do verde das árvores, ali estava ele, escondido na floresta, abaixo da linha do horizonte.

Acho que nunca tinha visto um castelo assim: parecia suspenso, sem terra a que se agarrar.

 

IMG_0525 - Cópia.JPG

 Apesar de pequeno, parece enorme com  a sua imponente torre de menagem, talvez do século XIV.

20141018_121409 - Cópia.jpg

A sua localização sobre um enorme penhasco, na margem do rio Arouce (daí ser também conhecido como castelo de Arouce), faz com que pareça estar situado numa ilha.

Na encosta, o santuário medieval de Nossa Senhora da Piedade, composto por três capelas dos séculos XIII-XIV, caiadas de branco, uma delas apresentando um frontal de altar em azulejos seiscentistas. De referir também a beleza ingénua do conjunto de imagens dos séculos XV-XVI, esculpidas em pedra de Ançã.

O lugar é mágico. Cogumelos belíssimos no meio da vegetação, as ermidas na encosta e, sobretudo, o barulho da água a correr pelas pequenas cascatas do rio envolvendo tudo. 

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