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... com sons e imagens... mas também silêncios, se fará esta conversa ... sempre ao sabor das palavras ...
Um tempo a condizer com a desolada paisagem e com o sítio em si.
Não há modo de descrever aquilo.
É humanamente impossível reviver, dentro de nós, só porque sim, a barbárie.
Se não fossem as imagens que já vimos algures e que são o nosso lastro de memória, andar por ali não significava nada.
Porque agora é só para ver.
Antes viveu-se (ou melhor, morreu-se) lá uma das páginas mais negras da história mundial.
Que significado têm, aos nossos olhos, os cabelos acumulados das vítimas, ou milhares de objectos seus?
Que significado têm para os turistas, que ali são despejados às centenas, as fotos dos que ali morreram?
Tudo aquilo é um museu, limpo, arrumado, suportável.
Não fosse o que já sabemos sobre o campo e sobre a ideologia que esteve na sua génese e era, apenas, um monumento mais.
Mas, há uma sensação, não visual mas olfactiva, que recordo muitas vezes: junto aos fornos crematórios continua a cheirar a queimado.
É arrepiante!
Será que, propositadamente, mantêm o cheiro ou o cheiro original dos corpos queimados se entranhou ali tão profundamente que, passados tantos anos, ainda persiste?
... e isso vem-me, recorrentemente, à memória...
Hoje a música de um compositor judeu que terminou esta obra poucos dias antes de ser deportado para Auschwitz:
Gideon Klein, Trio de Cordas |
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